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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mensagem de um Seguidor: Sr. Paulo Alexandre - Educador - RS

Lamentavelmente tua filha sofreu uma situação que nós professores, pais, e Sociedade não está preparada para lidar no dia-a-dia.Li abaixo tuas postagens, e fico realmente assustado com a postura da mãe do garoto que pegou no pé da tua filha. Não sei quem é mais doente, ela ou o filho.

No blog do SINEPE/RS já coloquei várias mensagens, sugestões, ideias que tenho.

Acredito que a nossa Sociedade(Mundial) esteja passando uma fase de conflitos psicológicos na infância e na adolescência.

O Bullyng para mim veio no lugar das bebidas, drogas, revolta dos filhos,sexualidade precoce, que são todos comportamentos voltados para "chamar a atenção" dos pais, o que equivale dizer SOCORRO!

Bullyng = revolta interior = agredir alguém pra chamar a atenção.

Depois do Bullyng (violência física e psicológica) o caminho deverá ser o aumento no índice de suicídio por parte das crianças e adolescentes, pois a sensação é que o ser humano desde pequeno sempre necessita criar formas, maneiras de extravasar suas neuroses.

Há necessidade de educadores e pais trabalharem alguns conceitos que ficaram perdidos no tempo, e no espaço, que são:
1. Direitos
2. Deveres
3. Liberdade
4. Responsabilidade
5. Sociabilidade
6. Saber viver dentro de uma Sociedade competitiva sem a necessidade de destruirmos os outros.
7. Respeito ao Próximo.
Além desses valores é necessário com urgência uma mudança nas Leis do ECA. A Verdade é que não há mais limites que impeçam de um jovem praticar o Bullyng, roubar, e até matar.
Os valores que tinhamos alguns anos atrás que afirmavam a Família como uma Instituição Forte se perdeu com o tempo.
Pais não conversam mais com os filhos.
Acredito que a culpa decorra de um conjunto de fatores, mas os filhos estão ficando isolados perante uma Sociedade totalmente Consumista e Competitiva.
Os jovens estão errados, mas em primeiro lugar o erro está nos adultos que perderam o controle, ou não sabem mais como reencontrar o conceito de Educação.
Já faz um bom tempo que os jovens podem tudo.
Faz um bom tempo que não leciono, mas na minha época 95-98 conversava muito com meus alunos, e a reclamação da grande maioria era que os pais não conversavam com eles, e não botavam limites.
Botar, ou colocar limites não quer dizer bater, agredir, mas sim GUIAR o jovem.
O Bullyng no fundo é uma reação de alguma carência afetiva, de formação da personalidade do jovem, que sem encontrar outra maneira de pedir socorro parte para a agressão de quem estiver mais próximo.
Os jovens sabem que xingar os pais hoje em dia não dá em nada. Os pais levam na brincadeira.
Bem, sou apenas filósofo de formação, mas basta observarmos, analisarmos os comportamentos dos jovens para notarmos uma certa irritabilidade exagerada nos dias de hoje.
Há uma cobrança enorme. Beleza, Faculdade,Ter namorado(a), Ter condições de comprar X coisa ou não, etc.
Tudo é motivo de revolta.
E quando ainda vemos uma mãe incentivar o filho a ser um pseudo psicopata perdermos totalmente a mínima condição de diálogo.
Há soluções. Começa com a tua coragem de expor publicamente a tua situação, do programa do Serginho, o blog do SINEPE/RS, mas é preciso irmos mais a fundo, e tentarmos de alguma maneira barrarmos o Bullyng.
A Filosofia trabalha alguns aspectos de nossa Sociedade as vezes distante, mas no fundo tenta refletir os próximos passos da Humanidade.
Para terminar desejo Paz e Saúde para toda tua família, principalmente para tua menina.
Diz para ela que sou magro, e quando jovem meus colegas pegavam no meu pé me chamando de esqueleto, magrinho, peso de pena, etc.
Na época ser gordinho era o máximo. Hoje, esta Sociedade Mentirosa e Consumista coloca valores de beleza errôneos.
E quem precisa Educar foge das responsabilidades, que são os pais, os professores, os ditos adultos, que deveriam ser bem maduros perante as dificuldades dos mais jovens.

Ass: Paulo Alexandre
Educador-RS

2 comentários:

  1. estou comesando uma careira como educador na escola que estou estagiando as crianças sâo violentas as vezes fico sen saber o que faser queria ser orientada

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  2. Oi "anônimo" gostaria de saber seu nome se possível, e também seu e-mail para que assim a gente possa conversar.
    Pode ter certeza que tenho algumas dicas para lhe ajudar e será gratificante.

    Um abraço carinhoso,

    Fátima Azevedo

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Quem sou eu

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Uma pessoa do bem, com muita fé. Sec. Executiva, estudante de Psicologia, palestrante com referência em bullying.